Publicado em 26/07/2016 às 15:01, Atualizado em 26/10/2016 às 15:35
Os defensores convocaram entrevista coletiva para a manhã desta quarta-feira
Advogados que representam pelo menos 10 dos 24 denunciados na Operação Coffee Break, do Gaeco (Grupo de Atuação e Repreensão ao Crime Organizado), braço do MPE (Ministério Público Estadual), preparam uma contraofensiva na tentativa de apontar e expor falhas consideradas gravíssimas cometidas pelo órgão. O grupo convocou uma coletiva para a manhã desta quarta-feira (27) onde serão apresentados elementos afim de contrapor a denúncia que tramita na Justiça.
O advogado Fábio Trad, que defende o vereador Aírton Saraiva (DEM), adianta que a iniciativa trata-se justamente de uma estratégia para tentar contrapor as acusações que, segundo ele, têm sido expostas de maneira desproporcional, inclusive, através da própria imprensa.
Até agora, o MPE tem agido intensamente e nós (defesa) não tivemos a oportunidade de se manifestar. Da mesma forma que eles (MPE) convocaram uma coletiva para expor a todos, queremos utilizar o mesmo artificio para mostrar a opinião pública a vulnerabilidade desta denúncia, reiterando a prerrogativa de tal artificio diante de um suposto cerceamento de defesa, o que contraria o próprio código penal.
O Ministério Público tem errado por inúmeras vezes de forma estranha e grave, tendo ainda sonegado dados na peça acusatória que convenhamos é sem pé nem cabeça , argumenta o advogado Renê Siufi, que defende o ex-governador André Puccinelli e os vereadores Paulo Siufi (PMDB) e Edil Albuquerque (PTB).
O defensor lembra que, inclusive, por falha do próprio órgão a TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) estendeu em mais 15 dias o prazo a todos os advogados para emendar ou apresentar defesa preliminar baseada nos dados sonegados na denúncia.
O desembargador Luiz Claúdio Bonassini da Silva acatou e reconheceu argumento apresentado pela defesa do empresário João Amorim de que dados foram omitidos na peça acusatória e mandou a PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça), incluir na denúncia as mídias digitalizadas e transcritas apontando provas dos supostos crimes de vereadores e empresários.
Nesta terça-feira (26), o procurador Geral de Justiça, Paulo César dos Passos, se manifestou afirmando que, O MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) não ocultou provas e nem tem qualquer intenção de prejudicar a ampla defesa", afirma a instituição, a respeito da Operação Coffee Break, que investigou suposto esquema para cassar o prefeito Alcides Bernal (PP).
Coletiva- A coletiva esta marcada para às 09h e acontece no Hotel Bahamas, Rua José Antônio, Centro de Campo Grande.