Buscar

Aedes aegypti do Bem coloridos são liberados em Piracicaba

Trabalho avalia tempo de sobrevivência dos insetos usados no combate ao transmissor de dengue, zika e chikungunya

Aedes aegypti do Bem pintados de amarelo, azul, laranja e rosa foram soltos no CECAP/Eldorado, em Piracicaba (SP) no mês de abril. A ação faz parte do projeto de liberação do Aedes aegypti do Bem na região.

“Colorimos os Aedes aegypti do Bem com uma tinta em pó para que, ao capturá-los em armadilhas de mosquitos, possamos fazer uma análise do tempo de sobrevivência deles. Com esses dados podemos otimizar nosso trabalho no campo”, explica Karla Tepedino, supervisora de produção e ensaios de campo da Oxitec. “O mosquito colorido é exatamente igual ao que estamos liberando desde o final de abril de 2015 no CECAP/Eldorado em Piracicaba. Ele não pica e não transmite doenças e já levou a uma redução de 82% nas larvas selvagens do mosquito. A única diferença é que eles são, digamos, mais ‘fashion’”.

Liberados em bairros de Juazeiro (BA) e Jacobina (BA), os Aedes aegypti do Bem conseguiram reduzir em até 99% a população selvagem de Aedes aegypti nas áreas tratadas. Em Piracicaba (SP), resultados preliminares mostraram uma redução de 82% nas larvas selvagens nas áreas tratadas com o Aedes aegypti do Bem, em comparação com a área não tratada.

A Oxitec já recebeu aprovação de biossegurança da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) em 2014 e aguarda agora um posicionamento da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para comercializar o Aedes aegypti do Bem.

O Aedes aegypti do Bem é a única tecnologia inovadora e eficaz no combate ao Aedes aegypti que já ultrapassou o estágio de pesquisa e desenvolvimento e se encontra pronta para uso em caráter não experimental. Recentemente a OMS recomendou o uso do Aedes aegypti do Bem em condições operacionais pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) anunciou que dará apoio técnico a governos e prefeituras que queiram implementar o uso do mosquito da Oxitec na luta contra esse perigoso mosquito.

Como funciona o Aedes aegypti do Bem

A Oxitec tem trabalhado no controle do Aedes aegypti há mais de uma década. É pioneira no uso de um método biológico para suprimir populações selvagens desta perigosa espécie de mosquito mediante a liberação do Aedes aegypti do Bem, machos que não picam e não transmitem doenças. Ao serem liberados, esses machos buscam e copulam com fêmeas selvagens do Aedes aegypti e seus descendentes herdam um gene autolimitante que faz com que morram antes de se tornarem adultos funcionais. Os descendentes do Aedes aegypti do Bem também herdam um marcador fluorescente que permite que eles sejam identificados no laboratório. Isto permite um nível de rastreamento e medição de impacto sem precedentes, levando a um acurado monitoramento e avaliação da eficácia durante todo o programa de uso do Aedes aegypti do Bem.

Diferentemente de outras abordagens, o Aedes aegypti do Bem não deixa pegada ecológica. O Aedes aegypti do Bem liberado no ambiente e seus descendentes morrem, portanto, não persistem no ecossistema.

Sobre a Oxitec

A Oxitec é pioneira no uso de engenharia genética para controle de vetores e pragas que disseminam doenças e destroem culturas. Foi fundada em 2002 como uma “spinout” da Universidade de Oxford (Inglaterra). A Oxitec é uma subsidiária da Intrexon Corporation (NYSE: XON), empresa que utiliza biologia para ajudar resolver alguns dos maiores problemas mundiais.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.