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Dono de boate envolvido na Lava Jato presta depoimento de menos de uma hora

Ele foi ouvido dois dias após convocação

O empresário campo-grandense Thiago Cance, 35 anos, prestou depoimento nesta quarta-feira (28), na sede da superintendência da Polícia Federal em Campo Grande. Ele deveria ter sido ouvido na segunda-feira (26), quando foi determinada condução coercitiva como parte da Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras, mas a defesa alegou que estava viajando.

Segundo as informações obtidas junto à PF, o depoimento de Thiago durou menos de uma hora. Ele deixou o local por uma porta lateral.

Cance, que é dono da boate Move, é um dos alvos da 35ª fase da Operação Lava Jato, a Omertà. De acordo com as investigações, é suspeito de envolvimento no pagamento de propina desviada de obras públicas. O empresário é filho de Aurélio Cance, ex-diretor de Planejamento da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A), e chegou a ser condenado por corrupção, formação de quadrilha e fraude em licitação.

Segundo a PF informou na segunda-feira, quando foi deflagrada a Operação Omertà, 35ª fase da Lava Jato, há indícios nos autos de que a Construtora Odebrecht, ‘por intermédio do Setor de Operações Estruturadas, tenha realizado pagamentos de vantagens indevidas para funcionários da Sanasa em virtude de contratos da empresa com o órgão público, nas pessoas de Rovério Pagotto Júnior e Thiago Nunes Cance, não podendo ser afirmado, por ora, se tais indivíduos receberam recursos espúrios e em espécie em benefício próprio ou para terceiros’, diz trecho do relatório.

Thiago Cance também é sobrinho de André Luiz Cance, ex-secretário estadual de fazenda da gestão de André Puccinelli, e que chegou a ser preso durante a Operação Lama Asfáltica, também suspeito de desviar recursos públicos.

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