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Greve completa uma semana e professores índios bloqueiam rodovia

Representantes de grevistas estão reunidos com vereadores e cobram piso nacional para 20 horas e reajuste aos administrativos

Professores indígenas, em greve há uma semana, bloquearam a MS-156 nesta tarde (Foto: João Rocha/TV RIT)

Em greve há uma semana, professores e servidores administrativos de escolas municipais da reserva indígena de Dourados, município a 233 km de Campo Grande, bloquearam há pouco a MS-156, que liga ao município de Itaporã. O protesto é em apoio aos representantes dos grevistas, que estão reunidos com vereadores, na sede do Legislativo.

Os grevistas reivindicam da prefeitura o pagamento do piso nacional do magistério para 20 horas semanais e reposição da inflação para os servidores administrativos, já que nos dois últimos anos apenas o salário dos professores tiveram aumento. Atualmente o município cumpre o piso, mas para 40 horas semanais.

A diretoria do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) afirma que acordos firmados durante a greve de 2014 não foram cumpridos e quer a intervenção dos vereadores.

Hoje de manhã, um sindicalista que estudou o orçamento da prefeitura informou durante assembleia no Simted que há condições para o cumprimento dos acordos salariais e que a lei de 25% de investimento em educação não estaria sendo cumprida.

O sindicato reclama que em uma semana de greve dos trabalhadores em educação sequer foram recebidos na prefeitura para uma conversa. Já os representantes do município afirmam que por determinação do prefeito Murilo Zauith (PSB) a negociação só será iniciada após o fim da greve, já que a paralisação prejudica os alunos.

Escolas indígenas – Na manhã de hoje, professores e administrativos das escolas e unidades de educação infantil instaladas nas aldeias locais fizeram um protesto na rotatória na MS-156, que liga Dourados a Itaporã.

Um representante da comunidade informou ao Campo Grande News que os professores indígenas decidiram interditar a rodovia e liberar a passagem de carros a cada dez minutos como forma de protesto pela falta de negociação com a prefeitura.

Parcial – Em uma semana de greve, apenas algumas escolas estão fechadas por causa da paralisação. Outras funcionam parcialmente e as demais têm aula normal.

Dourados tem 45 escolas de ensino fundamental e 40 centros de educação infantil municipal, com pelo menos 28 mil alunos. São quatro mil servidores concursados, entre professores e administrativos.

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