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UE sem soluções para crise migratória

A União Europeia continua dividida sobre como responder a esta onda migratória que se abateu sobre as fronteiras dos 28.

No dia 14 de setembro os ministros do Interior vão reunir-se de urgência para, em conjunto, tentar encontrar soluções para a vaga de migrantes e refugiados.

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A Áustria anunciou, esta segunda-feira, um agravamento das penas por tráfico de pessoas e um reforço do controlo nas autoestradas perto da fronteira com a Hungria.

Viena defende, ainda, que a União Europeia deve reduzir as ajudas financeiras aos países que estejam relutantes em receber mais refugiados.

Angela Merkel considera que a União Europeia tem de dar uma resposta, em breve, à vaga migratória, correndo o risco de não respeitar os “direitos universais do homem”.

Merkel defende o estabelecimento de cotas para a distribuição de refugiados, uma ideia rejeitada pelos restantes Estados-membros. Alemanha espera receber 800.000 pedidos de asilo este ano, quatro vezes mais do que em 2014.

A Hungria tem estado debaixo de críticas depois de erguer uma vedação de arame farpado na fronteira com a Sérvia, para impedir a entrada dos migrantes e refugiados.

O ministro francês dos Negócios Estrangeiros considerou que a política de Budapeste é “escandalosa” e viola os princípios europeus.

“Em relação a todas aquelas pessoas que são perseguidas, politicamente, e expulsas dos seus países em guerra, temos de ser capazes de as acolher. A isso chama-se pedido de asilo e todos os países têm de responder a isso. A Hungria faz parte da Europa. A Europa tem valores e não correspondemos a esses valores levantando cercas”, assegura Laurent Fabius.

A Comissão Europeia garantiu que Bruxelas vai ajudar todos aqueles que necessitam de “proteção”.

Foram criados, em França e Itália, centros para a identificação e triagem de migrantes e refugiados.

O vice-presidente, Frans Timmermans, anunciou que a Comissão vai atribuir uma verba adicional de cinco milhões de euros para ajudar o governo francês a gerir o alojamento de milhares de migrantes e refugiados que vivem em campos de acolhimento, em Calais, no norte de França, e que estão à espera para entrar no Reino Unido.

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