Um mês após denúncia de tortura, Guarda não tem resposta sobre sindicância

Um mês depois, o Comando da Guarda Civil Municipal ainda não tem resposta sobre a sindicância aberta para investigar a denúncia de sessão de tortura registrada pelo vendedor Thiago Pereira dos Santos, de 24 anos. No dia 31 de julho, o jovem formalizou queixa afirmando que foi preso e agredido por agentes da corporação depois de criticar a instituição em seu perfil no Facebook.  

De acordo com os relatos, dois agentes à paisana chegaram na casa de Santos, no Bairro Campo Nobre, e quando o protão foi aberto outros 15 guardas fardados teriam se apresentado e convidado o jovem a ir à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga para prestar esclarecimentos sobre publicações contra a corporação. 

O vendedor diz que depois de se recusar a acompanhar os guardas foi colocado em uma viatura e passou a ser agredido. As agressões teriam permanecido ainda na Delegacia, por um período de 5 horas, quando ele foi liberado depois de assinar um termo admitindo que tinha ofendido à instituição e gravar um  VÍDEO pedindo desculpas à corporação. As imagens foram veiculadas em grupos no WhatsApp.

O advogado de Thiago, Edilson Durães Dias, diz que vai entrar com processo de danos morais contra o Município. "Estamos juntando os documentos necessários para entrarmos com a ação que será baseada na sessão de tortura, prisão indevida já que houve condução à delegacia sem autorização judicial e pela retratação em vídeo feita de forma coercitiva, considerando também que ele já havia se desculpado no Facebook", explica.

Segundo o advogado, ainda é necessário o resultado do exame de corpo de delitivo para que a ação seja impetrada. Na manhã desta quarta-feira (31), a equipe de reportagem do Jornal Midiamax tentou contato por telefone com a comandante da Guarda Civil Municipal, porém, as ligações não foram atendidas.