Publicado em 03/03/2015 às 09:21, Atualizado em 26/10/2016 às 11:27

Agente e GCMs são acusados de aplicar multas irregulares, dentro de área particular

As notificações foram lavradas dentro de um estacionamento usado por alunos da Uniderp

Fagner Olindo, Mídia Max

Um agente de trânsito e dois guardas civis municipais estão sendo acusados de aplicar multas irregulares, dentro de um terreno particular. O caso é denunciado pó alunos da Uniderp, já que o terreno fica em frente da universidade e é usado por alunos há muitos anos.

O caso veio à tona depois que dezenas de alunos, que sempre estacionaram no local, tomaram um susto ao sair da aula e se depararem com notificações em seus carros e motos. De acordo com alunos, algumas pessoas tentaram questionar o motivo das multas, mas foram informados de que havia um ofício que autorizava tal serviço.

De acordo com um aluno de direito e policial militar, Jackson Silva dos Santos, os guardas e agentes não podem multar sem que o proprietário do terreno tenha pedido. “Antes de multar eles deveriam colocar uma placa orientando que é proibido estacionar. É isso que a PM faz, ou seja, primeiro orienta o usuário e depois aplica a multa”, diz.

Outro aluno, que preferiu não se identificar, afirma que o estacionamento sempre foi usado pelos alunos da universidade e o dono nunca se importou. Ele pede que a GCM (Guarda Civil Municipal) e a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) mostrem o ofício que estaria autorizando a aplicação das multas. “Nós sempre estacionamos ali. O dono do terreno não liga. Eles querem arrecadar multando desta forma desenfreada. Quero ver esse documento”, acentua.

Outro lado

Por sua vez, a Agetran informou à reportagem do Jornal Midiamax que não pode haver multas em áreas particulares, todavia, a agência destacou que o infrator pode ter cometido uma irregularidade antes de entrar no estacionamento e, desta forma, ter sido perseguido pelos agentes. Porém, segundo os alunos as multas foram aplicadas em vários carros e motos do local.

Por fim, a Agetran ressalta que vai enviar uma equipe técnica para o local a fim de constatar a veracidade dos fatos apresentados e, assim, tomar as medidas necessárias. Já a GCM prometeu apurar o caso, mas não respondeu às questões até o fechamento deste texto.