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Estiagem atrasa o desenvolvimento da soja em Mato Grosso do Sul

Ritmo de colheita é lento em boa parte das propriedades.Produção de soja do estado deve chegar a R$ 6,8 milhões de toneladas.

Produtores de soja de Mato Grosso do Sul enfrentam o desafio de colher uma safra plantada em diversas etapas, tudo por conta da chuva que teima em não cair nos momentos mais importantes do desenvolvimento das lavouras.

Em uma fazenda no município de Sidrolândia, região central do estado, as máquinas colhem apenas uma pequena área dos 1,7 mil hectares destinados à cultura da soja.

O rendimento de cerca de 50 sacas por hectare é considerado satisfatório, mas os números finais devem cair por causa de problemas climáticos que atingiram a lavoura ainda no período de plantio.

O clima interferiu tanto na safra que há realidades bem diferentes na mesma fazenda. De um lado a colheita já começou, mas de outro,, as plantas estão verdes, em fase reprodutiva. Na área onde a soja foi semeada com 20 dias de atraso ainda vai demorar para começar a colheita.

Pelos cálculos do agricultor Reginaldo Poiati, os grãos só devem ser retirados do campo daqui a três semanas. O produtor conta que precisou semear a soja em várias etapas e com intervalos longos por causa da estiagem que afetou a região durante o plantio. A mudança de rotina causou outro problema na lavoura: as áreas semeadas mais tarde enfrentam a falta de água no solo.

“Temos soja em fase reprodutiva, com necessidade de água, e não há condições hídricas favoráveis para fazer o desenvolvimento dessa soja. Vai ter uma queda de produtividade. Aqui, na nossa área, já estamos há 23 dias sem uma gota de água sequer”, diz Poiati.

A estimativa da Federação de Agricultura do estado é que a produção de soja chegue a R$ 6,8 milhões de toneladas.

Na fazenda do Agricultor Evandro Biazus, em São Gabriel do Oeste, é possível ver algumas manchas amareladas em meio a lavoura verdinha. O produtor diz que ainda é cedo para calcular prejuízos, mas avalia que pelo menos 30% da área total de cultivo foi afetada pelo tempo seco.

“A gente vai ver na época de colheita. Agora, a gente só vê que ela está sofrendo muito, que está virando folha, abortando floração. Quanto mais rápido chover, menos quebradevemos ter lá na frente”, ressalta Biazus.

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