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Copiloto pode ter derrubado avião de propósito, diz promotoria francesa

Piloto saiu da cabine e, na volta, não conseguiu entrar.Avião se chocou com as montanhas a 700 km/h.

Copiloto pode ter derrubado avião de forma deliberada, segundo investigadores (Foto: twiter)

 Apesar das revelações que causaram ainda mais choque e agonia, os investigadores descartam que o copiloto tenha alguma ligação, algum elo com o terrorismo. Mesmo assim o FBI - fez um pedido formal para ajudar nas investigações.

Segundo o promotor de Marselha, encarregado das investigações, a interpretação mais realista dos fatos é a de que o copiloto derrubou o avião de forma deliberada, após trancar o piloto para fora da cabine.

O alemão Andreas Lubitz, de 28 anos, teria desviado o avião em direção aos Alpes Franceses e feito as manobras de descida de forma proposital. De acordo com os investigadores, as gravações da cabine indicam que as insistentes chamadas da torre de controle foram ignoradas.

No áudio recuperado, ouve-se os gritos dos passageiros, que perceberam o que estava acontecendo instantes antes do impacto, ao ver o piloto batendo na porta, sem qualquer resposta. É possível ouvir, também, o piloto tentando derrubar a porta a qualquer custo, sem sucesso.

A caixa-preta já recuperada é a que registra as conversas na cabine. O áudio revela que durante os primeiros 20 minutos de voo, a conversa entre os dois pilotos fluiu normalmente. Mas quando o piloto saiu para ir ao banheiro, o copiloto colocou em ação a descida do avião, o que só pode ser feito manualmente.

A gravação captou a respiração dele até o momento do impacto. O que descarta a possibilidade de mal súbito, que estava sendo considerada até então, apesar de não explicar porque a porta estava trancada.

A partir do ataque às torres gêmeas em Nova York, em 2001, novos procedimentos foram adotados para restringir o acesso às cabines dos aviões.

Segundo o ministro dos transportes da Alemanha, as portas são configuradas para serem abertas por dentro. Existe uma opção para abrí-las do lado de fora usando um código de emergência. 

Mas esse código pode ser explicitamente bloqueado por quem está dentro da cabine - colocando a chave na posição lock - que significa trancar, em português. Ou seja, essas novas medidas de segurança, criadas para impedir sequestros e ataques terroristas, podem ter contribuído para a tragédia do voo 9525.Copiloto estava 100% apto para voar, diz presidente da Lufthansa

A casa onde o copiloto Andreas Lubitz morava em Montabaur, no oeste da Alemanha está cercada de policiais. Na cidade de 12 mil habitantes, as pessoas que conheceram Andreas dizem que ele era um jovem alegre. Todos estão em choque. Ele era membro de um clube de voo em Montabaur.

Andreas tinha 28 anos e, segundo o presidente do grupo Lufthansa, estava 100% apto a voar, sem restrições - passou em todos os testes da companhia. Ele começou os treinamentos, interrompeu por três meses e depois retomou. Andreas Lubitz  recebeu o certificado para voar em 2013 e tinha 630 horas de voo. Conhecidos de Andreas também disseram que ele não apresentava sinais de depressão.

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