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Instrutor que foi morto por menina de 9 anos defendia posse de armas por cidadãos

(Foto: Reprodução / Facebook)

O instrutor de tiros Charles Vacca, de 39 anos, foi morto na última segunda-feira por uma menina de 9 anos que aprendia a manusear uma submetralhadora, em White Hills, no Arizona, Estados Unidos. O acidente trágico ampliou a discussão sobre a cultura armamentista no país e, nas redes sociais, muitos norte-americanos questionaram por que uma criança estaria aprendendo a atirar. O veterano do Exército, pai de uma menina, era grande defensor da posse de armas por cidadãos.

Em sua página no Facebook, Vacca costumava postar diversas imagens e frases em defesa à Segunda Emenda à Constituição dos Estados Unidos, que garante o direito de cidadãos de manter e portar armas. Um dos posts diz: “Mantenha suas leis longe das minhas armas. Armas não matam pessoas, pessoas matam pessoas”.

O acidente aconteceu no clube de tiros Last Stop e foi gravado pelos pais da menina. No vídeo divulgado pela polícia é possível ouvi-lo ensinar a criança. “Temos que manter isso aqui. Caso contrário, a arma não vai disparar, ok?”, diz Vacca, provavelmente mostrando a trava de segurança da submetralhadora. “Vire essa perna para frente, exatamente assim. Certo, agora vá em frente e dê um tiro”, diz ele. A menina faz apenas um disparo, e ele aprova o sua postura. “Muito bem, agora (no modo) totalmente automático”, foram suas últimas palavras.

Em seu modo automático, a arma pode disparar até 600 projéteis por minuto. Segundo a polícia, a menina não conseguiu segurar o coice da submetralhadora e elevou a arma. Vários tiros acertaram a cabeça do instrutor, que foi levado de helicóptero a um hospital, mas não sobreviveu.

Segundo o jornal britânico Daily Mail, a legislação do estado do Arizona exige que a pessoa tenha ao menos 18 anos para portar uma arma de fogo, mas as leis não se aplicam a propriedades privadas. Nem se o menor de idade estiver acompanhado de seus pais ou um instrutor certificado. Por isso, a menina e sua família não devem responder judicialmente pela morte de Charles Vacca.

O resultado da autópsia do instrutor de tiros que foi morto pela menina de 9 anos só será divulgado na próxima terça-feira. A maioria das páginas que ele acompanhava era de apoio ao direito de portar armas e a veteranos do Exército norte-americano.

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