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Homem é surpreendido no quintal de casa e espancado até a morte

Autor do crime foi preso e disse ter cometido o crime em acerto de contas

(Foto: S. Lemos)

O ex-presidiário Claudenir de Souza Lima, 56 anos, foi espancado até a morte por volta das 20h dessa quinta-feira (30), no quintal da casa onde morava, na Rua Barnabé Minhos, no Jardim Flórida, em Dourados. Antônio César Palhano Barbosa, 43 anos, foi preso em flagrante apontado como autor do crime, de acordo com informações da Polícia Civil.

A convivente da vítima contou que o marido havia se levantado para ir ao banheiro, que fica do lado de fora da casa, quando ouviu barulhos de pancadas no quintal e, ao sair para ver o que acontecia e acender a luz do fundo, viu o marido caído no chão, perto do muro, e um homem vestido de casaco preto, calça jeans, com o rosto coberto por touca e um pedaço de madeira em mãos.

A mulher relatou, ainda, que o homem a viu e mandou que entrasse novamente. Ela atendeu a ordem e instantes depois percebeu que havia ficado silêncio do lado de fora.

Outra vez saiu e se deparou com o convivente ferido e chamou equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas Claudenir não resistiu e morreu ainda no local.

Segundo a polícia, a vítima foi assassinada com diversas pancadas na cabeça e tórax.

A casa tem muro apenas nas laterais e a frente é toda aberta, o que facilitou o acesso do criminoso ao imóvel, segundo a polícia.

PRISÃO

Apesar de Antônio ter tapado o rosto com touca para não ser reconhecido, moradores da região, que o conhecem, o viram passando em sua motocicleta, modelo Biz, com pedaço de madeira em mãos. Apontado como suspeito, militares foram até a casa dele, na Rua Dezidério Felipe de Oliveira, mas, a princípio, não o encontraram.

Militares permaneceram no imóvel até a chegada de Antônio que passou por revista pessoal, mas nada de ilícito foi encontrado com ele. No entanto, no bagageiro da moto havia um casaco, de cor preta, conforme o descrito pela esposa da vítima que o assassino usava.

Na sequência, chegou a esposa de Antônio, em um automóvel que foi revistado e localizada a touca que ele usou para esconder o rosto. À polícia, ela disse que o marido havia ido encontrá-la na casa de familiares e colocou a touca no carro sem nada dizer.

Até então, o pedaço de madeira não havia sido encontrado. Porém, militares que participaram da prisão se lembraram que momentos antes haviam recebido denúncia de que Antônio estava com pedaço de madeira perturbando adolescentes na rua. Na ocasião, ele foi abordado, mas nada encontrado com ele.

Policiais, então, retornaram ao local da abordagem e localizaram o pedaço de madeira, medindo cerca de 90 centímetros, descartado no local. O objeto tinha sangue, inclusive, mechas de cabelo, provavelmente, da vítima.

No sapato do autor do crime também havia manchas de sangue.

ACERTO DE CONTAS

De acordo com investigador de polícia, Antônio alegou ter cometido o assassinato porque vinha sendo importunado por Claudenir.  A vítima importunava várias pessoas, disse o policial, que não deu mais detalhes sobre a desavença. À reportagem do Portal Correio do Estado, ele disse que Claudenir era ex-presidiário e havia cumprido pena por tráfico de drogas.

O preso foi indiciado por homicídio qualificado pela traição, emboscada ou recurso que dificulte defesa da vítima.

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